
O luar sombrio entre as copas das arvores
ilumina o rosto pálido dela e é tão bela ela.
Seu caminhar seduz os que não mais podem falar.
Seu negro vestido é sedoso, misterioso,
Incrivelmente tecido por um anjo caído.
No jardim nasceu e transita entre
destinos e vidas partidas.
Seus lábios frios deixam à marca eterna do desamor.
Mais rápida e mais surpreendente
que uma estrela cadente.
Quem ousaria chama-la de meu amor? Os pessimistas
a desejam do mesmo modo que os pastoris
coroam a flor, mas ninguém a quer como amor.
O cheiro do seu perfume adocicado como
flores murchas, pútrido, como corpo
estragado, o cheiro fétido do cemitério.
Entre lapides, velas e lagrimas sentimos
a presença dela, sempre ela.
Com aquele capuz escondendo o rosto
na sombra, rosto como de uma bela.
No final todos, homens, mulheres,
Jovens e crianças sentem o bafo Dela.
Na fila de espera somos passivos sempre houve
um carrasco, não, uma algoz assassina.
Tudo que respira é beijado pelo beijo frio que
ela tem, o seu aguilhão.
A escuridão da noite, o tormento da foice,
As lagrimas da única donzela que
Literalmente mata seus amores. Os espasmos
gerados pela agonia mortal dos beijos dela.
A única certeza é o encontro com ela!
Guilherme Costa

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