segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Ela Sempre Ela


O luar sombrio entre as copas das arvores

ilumina o rosto pálido dela e é tão bela ela.

Seu caminhar seduz os que não mais podem falar.

Seu negro vestido é sedoso, misterioso,

Incrivelmente tecido por um anjo caído.

No jardim nasceu e transita entre

destinos e vidas partidas.

Seus lábios frios deixam à marca eterna do desamor.

Mais rápida e mais surpreendente

que uma estrela cadente.

Quem ousaria chama-la de meu amor? Os pessimistas

a desejam do mesmo modo que os pastoris

coroam a flor, mas ninguém a quer como amor.

O cheiro do seu perfume adocicado como

flores murchas, pútrido, como corpo

estragado, o cheiro fétido do cemitério.

Entre lapides, velas e lagrimas sentimos

a presença dela, sempre ela.

Com aquele capuz escondendo o rosto

na sombra, rosto como de uma bela.

No final todos, homens, mulheres,

Jovens e crianças sentem o bafo Dela.

Na fila de espera somos passivos sempre houve

um carrasco, não, uma algoz assassina.

Tudo que respira é beijado pelo beijo frio que

ela tem, o seu aguilhão.

A escuridão da noite, o tormento da foice,

As lagrimas da única donzela que

Literalmente mata seus amores. Os espasmos

gerados pela agonia mortal dos beijos dela.

A única certeza é o encontro com ela!

Guilherme Costa

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